sexta-feira, 6 de março de 2009

Perdendo o medo de narrar.

Tentando voltar a ter pelo menos um post por semana, estou aqui novamente. Vamos dar os recados tradicionais:


Se você gosta da Taverna faça propaganda, se você tem um blog/site/jornalzinho da escola/carro que vende pamonha e quer fazer troca de propaganda entre em contato (pode ser via e-mail: t.dragaoazul@gmail.com ou via comentários) e negociaremos tudo.


Se você quer escrever algo e não tem onde publicar, nós publicamos para você. Mande o texto, com nome (que você quer que apresente) e formas de contato. Após ser aprovado (poderá ser enviado de volta para correções e adequações) será postado com todos os créditos que merece

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Voltando a falar que recrutamos Taverneiros. Temos dois taverneiros ativos, que postam sempre que tem idéia, e um que é um perfeito inútil e nada faz. Então se você acha que consegue escrever bem, sobre temas variados ligados ao RPG. Mande um e-mail para a taverna (t.dragaoazul@gmail.com) e você poderá se tornar um de nossos taverneiros.


Após esses maravilhosos recados, vamos ao que interessa. Com o comentário do Hideki, vou continuar post dedicado aos mestres.


Perdendo o medo.


Não sou uma das pessoas mais indicadas para falar sobre narração. Embora muitos possam vir aqui e falar que eu narro muito bem.


O que eu preciso para ser mestre?


Basicamente o mesmo que para ser um jogador, grande imaginação, capacidade de interpretação e narração de cenas e outras coisas que vem com o tempo. Um mestre, também chamado de narrador, é quem guia a história do jogo. Seu papel é comandar o mundo que envolve os jogadores, de seus caprichos o vilões são feitos, de suas idéias mirabolantes os cidadãos reagem e de sua mente os regentes fazem seus planos. Pode parecer um tanto quanto onipotente, mas é o que um mestre representa. Analisar as ações dos jogadores, ponderar a reação dos NPCs e colocar tudo isto numa cena que seja de fácil compatibilidade com a imaginação de seus jogadores. Parece difícil, mas não é... tanto.



OK. Correspondo a essa checklist, assim eu acho, como eu faço o resto?


Agora entram os estilos das pessoas. Cada mestre pode ter seu jeito. Em minha experiencia com outras pessoas eu conheci três tipos de mestres. Nenhum é melhor que o outro, eles são iguais, variando da habilidade da pessoa para levar o jogo. Estes tipos são somente quanto a formar a história da campanha atual. São eles, o detalhista, o linha de eventos e o “conforme for”.



O Detalhista, detalhes são importantes.


Esse é gênero de mestre, que ao se prontificar a narrar, precisa de 3 semanas para montar o inicio da campanha. Em seu caderno de anotações ele escreve detalhadamente cada ponto da aventura (até onde ele conseguir imaginar), o que cada sala tem e todo o resto. Em mesa, o seu caderno é quase que uma parte dele, sem essa parte ele não sobrevive (sim,eu já fui em uma mesa na qual o mestre havia esquecido esse bendito caderno... ele praticamente infartou quando revirou a mochila e não o achou). É uma maneira interessante de ser, porém muito arriscada... Você está lidando com humanos, e eles podem NÃO seguir o que você escreveu... Se em vez de aceitarem aquela missão que todos os bardos da taverna estavam gritando aos ventos eles simplesmente levantam e vão arranjar uma briga com alguém do local, toda aquela sua programação foi para o espaço. Claro que alguém já acostumado a narrar assim tem varias formas de evitar a queda do plano. Se eles fugiram dos bardos, na rua irão tropeçar com alguém que tem algo da campanha e por ai vai. Se você quer ser deste estilo, tenha sempre pelo menos 3 planos reservas para fazer com que os jogadores não saiam dos trilhos.



Linha de eventos, se programa, mas o que vier é lucro.


Esse é uma versão preguiçosa do detalhista. Ele vai e programa algumas linhas de acontecimentos.


“Bardos cantando a missão” / “Caverna do Dragão” / “Mate todos os jogadores”


E por ai vai, não há muita descrição, há somente uma referência para guiar a história. Todo o resto, descrições, nomes e outras coisas ele pensa na hora. Esse é um método interessante para quem tem idéias repentinas, assim você pode apresentar suas idéias e ainda continuar seguindo a linha de eventos. Ainda assim é muito arriscado, sendo uma linha de eventos, para acontecer o evento futuro um passado deve ter acontecido. Porém novamente você vai se ver contra os seus jogadores. Já que eles podem não seguir nenhum dos seus chamarizes para a campanha que você programou. Porém assim como o detalhista, é só você ter planos reservas suficientes para burlar a vontade de seus jogadores.


O mestre do “conforme for”, escrever antes é para os fracos.


Esse é aquele mestre que acorda e fala “hoje eu narrar”, junta seus jogadores e começa. Sem idéia pré-preparada ele vai jogando as coisas na história conforme for pensando. Parece simples mas é um dos mais difíceis de se fazer. O simples fato de você não ter nada a seguir te colocará para pensar rápido quase sempre. Piora quando você está narrando e os personagens estão distantes uns dos outros, pois agora você teria que pensar em varias cenas diferentes, acontecimentos e se estes vão estar interligados. Enfim, esse estilo é só para quem realmente sabe fazer as coisas da maneira rápida O mais difícil deste gênero é fazer com a que a historia não perca a coerência. Sim, pois você vai pensando sempre pra frente e pode acabar esquecendo de algum evento passado, mas jogadores são pentelhos... Eles vão sentir e reclamar dessa sua escorregada.



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Pronto, a postagem da semana ta ai. Devo ainda prosseguir com o tema mestres nas próximas


Lembrando, se gostou fale aos amigos, se não gostou indique aos inimigos. Mas eu peço faça a propaganda do blog. E também marquem o que vocês acharam do texto ali embaixo dos comentários (ainda fico devendo as coisas negativas).


Obrigado. Hora de trabalhar.

3 comentários:

Alessandra disse...

Nem preciso falar que está bom, né Consciência?

Eu estou com um bloqueio mental em relações a idéias...

A culpa não é minha, a culpa é do Kishimoto que matou a Hinata e isso me forçou a escrever uma fic...

Mas prometo que na próxima semana eu posto algo, provavelmente sobre monstros de D&D. XD~

Hidekee disse...

Ótimo texto e valeu por atender minha sugestão XD

Realmente, o pior item em todos, mas o que deixa mais legal, é a incerteza do que os jogadores irão agir. Acho que qualquer mestre já teve a experiência de ter que criar um NPC do nada hauhauhauhuahua...

Faltou citar o estilo do Popo de "insira o nome aqui" lá no linha de eventos huahahuauauhahauhu...

E já deixo sugerida uma proposta de parceria com o Lendas Infinitas o/

Yuji Meio-elfo disse...

Haha!
É, Clone, vc pegou o jeito mesmo =P
E os textos estão mais curtos :o
Anyway, eu definitivamente sou do tipo detalhista xD
Aliás, melhor eu correr com minhas idéias de aventura para Star Wars, ou vai ter uma gangue de jedis virando sith só pra acabar comigo =X